O prazer que faz bem
Outro dia li um artigo muito interessante escrito pelo doutor David Sobel, que tem um currículo enorme e é diretor do Patient Education and Health Promotion for The Permanente Medical Group and Kaiser Permanente’s Northern California Regio. É co-autor de vários livros como The Healing Brain (O cérebro curador), Healthy Pleasures (Prazeres saudáveis) e Mind & Body Health Handbook (O manual da saúde Mente& Corpo), não lançados no Brasil. Ou seja, é um médico que estuda a ligação entre mente, corpo, saúde, doença.
O que ele questiona é o fato de, hoje em dia, a preocupação em não fazer coisas erradas pra não adoecer é tão grande que se tornou uma paranóia, fazendo com que as pessoas esqueçam que o prazer que sentimos em vários comportamentos nos faz mais saudáveis do que fazer tudo obsessivamente certo.
“Os seres humanos evoluíram para ter prazer e para aumentar sua sobrevivência. Qual a melhor maneira de assegurar que comportamentos saudáveis e protetores da vida aconteçam, do que fazendo-os prazerosos? De comer ao ato de procriar, de prestar atenção à natureza a cuidar de outro ser humano, o prazer nos guia para uma saúde melhor. Fazer o que se sente que é certo e sentir-se bem, são atitudes geralmente benéficas para a saúde e para a sobrevivência das espécies”.
Ele critica principalmente as pesquisas médicas muito mais focadas no que faz mal do que no que pode fazer bem.
“As pessoas estão quase obsessivas sobre ter prazer, cada vez mais vendo a si mesmas como frágeis, vulneráveis, prontas para desenvolver câncer ou doenças do coração ao menor sinal de provocação. Em nome da saúde, as pessoas estão desistindo de muitas alegrias da vida. Pesquisas e correntes de pensamento na medicina e na psicologia refletem esse foco patológico nas causas e tratamentos das doenças, enquanto, virtualmente, ignoram atitudes que constroem a saúde.
Existem mais estudos dos desastres causados pelo alcoolismo do que pesquisas sobre os benefícios do consumo moderado de álcool. Existem incontáveis pesquisas sobre a exposição aos ruídos, mas raramente sobre os benefícios da terapia musical. Os pesquisadores se ocupam com a disfunção sexual, o perigo mortal das doenças sexualmente transmissíveis e catalogam centenas de aberrações sexuais. Entretanto, pouco esclarecem como uma vida sexual prazerosa contribui para o bem-estar.
Não nos entenda mal. Nós reconhecemos que exercícios, não fumar ou beber em excesso, usar cinto de segurança, evitar exposição exagerada ao sol, tudo isso contribui para uma vida longa e saudável. Claramente, alguns prazeres e algumas condições são danosos para a saúde e alguns deles podem se tornar vícios, compulsões, destruidores da vida e das relações e do próprio prazer em si.
O ponto importante é que se preocupar exageradamente sobre qualquer coisa, incluindo calorias, sal, câncer, colesterol e outros, pode roubar de sua vida, a vitalidade, e que viver com otimismo, prazer, entusiasmo e compromisso, enriquece e prolonga a vida”.
Para saber mais sobre o doutor Sobel e seus estudos:
www.healthy.net/scr/bio.aspx?Id=115 (em inglês)
http://www.ishkbooks.com/ (em inglês)
Fonte - Celia Pardi - Terra
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